Nutrientes

Glicina: o que é, para que serve e onde encontrar

Por Alan Costa, em 16/03/2018 (atualizado em 28/07/2021)

A glicina é um dos 22 aminoácidos dos quais necessitamos para nos mantermos vivos, e como é sintetizada pelo próprio organismo, ela é conhecida como um aminoácido não-essencial.

Considerada o menor de todos os aminoácidos, a glicina é classificada como um aminoácido glicogênico.

O que significa que uma de suas funções é fornecer ao corpo parte da glicose de que necessita para suas tarefas diárias.

Ainda que seja não-essencial, é possível obter glicina através de uma dieta que inclua proteínas de origem animal, cereais e algumas verduras e legumes.

Alimentos ricos em Glicina

Você deve estar se perguntando: já que o nosso corpo consegue produzir a glicina, porque é necessário consumir alimentos que contenham esse aminoácido.

Enquanto a nossa saúde está boa, o organismo consegue produzir a quantidade necessária desse nutriente.

porém, em momentos de doença, estresse ou cansaço, isso já não consegue ser feito com tanta eficácia.

Portanto, é bastante necessário a ingestão de alimentos ricos em glicina como alimentos de origem animal (carnes, ovos, leite e derivados) como também os de origem vegetal (algas marinhas, gelatina sem sabor, proteína isolada da soja, semente de abóbora, feijão, broto de feijão, lentilha, trigo, aveia, arroz integral, milho, amaranto, quinoa, brócolis, abóbora, espinafre e outros).

Benefícios da Glicina

Sendo um dos aminoácidos mais versáteis, a glicina é indispensável para uma série de processos metabólicos; níveis adequados do aminoácido estão associados a uma série de benefícios não só à boa forma como também para a saúde. Alguns dos principais:

Melhora do Sono:

Ao lado dos treinos e da alimentação, o descanso é fundamental para quem está à procura de hipertrofia.

já que é durante a noite que o corpo repara a maior parte dos tecidos que são lesionados ao longo do dia.

Sistema Nervoso:

Outra conhecida propriedade da glicina é sua atuação no sistema nervoso.

O aminoácido influencia a produção de uma série de neurotransmissores, que garantem o funcionamento adequado do cérebro e das emoções.

Sistema Digestivo:

A glicina é fundamental para a manutenção do nosso sistema digestivo, pois ajuda a controlar a produção de bile.

Produzida pelo fígado, a bile é um fluído produzido que atua diretamente na digestão das gorduras.

Prevenção do Câncer:

Estudos preliminares indicam que há um grande potencial no uso da glicina como coadjuvante no tratamento de alguns tipos de câncer, entre eles o melanoma.

Antioxidante:

Cerca de um terço de todo nosso colágeno é formado por glicina.

Quando consideramos que o colágeno é essencial para a manutenção do tecido conjuntivo, que sustenta e mantém a firmeza da pele, temos que a glicina é um importante agente antienvelhecimento.

Deficiência de Glicina

Como a glicina é produzida pelo próprio corpo e ainda por cima está presente em boa parte dos alimentos naturais, a maioria das pessoas não necessita de uma suplementação com o aminoácido.

Uma dieta balanceada, que contenha carnes e laticínios magros, ovos, cereais e grãos integrais é mais do que suficiente para obter uma concentração diária adequada do nutriente.

Mas para aqueles que procuram ganhar massa muscular, dormir melhor, combater a anemia, aumentar a concentração ou mesmo fortalecer a pele, é possível fazer uso da glicina na forma de suplemento.

A dose adequada irá depender dos seus objetivos específicos e da orientação médica, mas no geral doses de até 300mg ao dia não costumam trazer efeitos colaterais.

Sair da versão mobile